10% dos brasileiros já participaram de um relacionamento múltiplo

Poliamor e relacionamento aberto são mais aceitos nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil

 Apesar de estarem sempre rodeados por tabus e preconceitos, os relacionamentos do tipo “múltiplo” têm conquistado mais adeptos em um mundo cada vez mais liberal. No Brasil não é diferente. Relacionamentos abertos ou poliamor já foram destaques na imprensa por meio de celebridades como a chef de cozinha e apresentadora Bela Gil e a atriz Fernanda Nobre.

Segundo o estudo “Radiografia da infidelidade e infiéis no Brasil 2022” do Gleeden, aplicativo de encontros discretos não monogâmicos pensado por e para mulheres, cerca de 10% dos brasileiros entrevistados já participaram de uma relação aberta ou de poliamor.

As regiões Sul, Sudeste e Nordeste do país chamaram atenção durante a investigação, pois são as únicas regiões que falam sobre poliamor e relacionamento aberto. No Sul é onde se fala mais abertamente sobre relações múltiplas, incluindo os swingers. Além disso, nessa região a fidelidade não é considerada um fator primordial em uma relação. Já na região Nordeste, é a segunda única região do país onde o relacionamento aberto é discutido regularmente.

Porém, os brasileiros ainda não têm clareza sobre os tipos mais básicos de relacionamentos não monogâmicos que existem. Quando perguntados se entendiam os conceitos de poliamor, apenas 43% dos entrevistados afirmaram conhecer esse tipo de relação. Já o tema relacionamento aberto é familiar para 67% dos participantes da pesquisa.

Por definição, o poliamor é o termo que descreve uma relação poligâmica em que o gênero dos parceiros envolvidos não é relevante. Já em um relacionamento aberto, é quando há um casal, mas ambos os parceiros podem ter relações sexuais com outras pessoas.

Pessoas mais conservadoras podem considerar esses tipos de relações como infidelidade. Mas, para pessoas mais liberais, quando comparados à infidelidade, os relacionamentos múltiplos são considerados uma forma mais honesta de relação para 86% dos entrevistados. Além disso, 67% também consideram uma forma mais amorosa de se relacionar.

“Os dados confirmam que o conceito do amor está se tornando mais arrojado, que continuará incorporando novas formas de relacionamento, seja por meio do poliamor, troca de parceiros, infidelidade ou outras formas mais abertas de relacionamento”, diz Silvia Rubies, diretora de comunicação e marketing do Gleeden para Espanha e América Latina.

 

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